O ás de trunfo batido na mesa podia ditar o fim do mundo, uma destrunfadela a esta hora do jogo, podia por o Zé e o Chico fora da final do torneio de sueca de nossa senhora da agrela. A bisca seca do Zé doía-lhe, podia ler-lhe isso nos olhos. Pronunciou-se:
-O meu avô contava-me uma história:
«O fantasma do pega-monstros cor-de-rosa era assustador e a sua presença afastou os que se aproximavam do castelo por curiosidade. Um deles, ficara atrás para mijar e quando se viu sozinho jura ter visto nossa senhora a dizer-lhe para fugir!
O que tinha ficado para trás confrontou o fantasma e percebeu que afinal não era assim tão temível. Era uma noite de trovoada e nada o amedrontava tanto como isto - só o arroz de pato da cantina lhe causava efeitos tão nefastos. O fantasma chorou e explicou que o seu casamento tinha corrido mal e estava a divorciar-se no momento. Aí ele perguntou posso usar a tua casa de banho? podes! e ele lá foi.
No dia a seguir o fantasma fugiu e nunca mais se ouviu falar dele»
Mais a mais, fizeste renúnica, há bocado puxei o duque de trunfo e tu não assististe. Levam 4.
E foi assim que Zé ganhou o presunto correspondente ao primeiro prémio do torneio de sueca
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