28 de dezembro de 2010

Poesia de Alfredo Heitor Tomo III: Compilação de dois poemas

Ficam aqui dois poemas da fase mais triste da carreira poética de Alfredo

Sai


Eras mais forte
E eu tão impotente
Implorava-te
Pedia-te
Distância
E tu, minha puta
Sempre a foder-me o juízo

Nunca te quis
Nunca gostei de ti
Nunca gostei da tua companhia
Nunca gostei da tua presença
Que bela merda me saíste

Expulsei-te uma vez
Voltei a expulsar-te
E mais uma vez
E mais uma vez
E outra

Não me perdoavas os excessos
E eu
Pobre
Lá levava contigo de novo
Até começavas a cheirar mal

Morre longe
Diarreia


Cão 

Era uma vez
Um cão
Não tinha nome
Era da rua
Não tinha raça
Era da rua
Não tinha dono
Era da rua

Tinha o pêlo castanho
Rafeiro
Não tinha pulgas
(pelo menos que se visse)
Era simpático
Tinha a língua de fora
Queria brincar

Atirei um pau
Ele foi buscar a correr
Veio um carro e atropelou-o, passou-lhe por cima da cabeça esmagando-a, fazendo jorrar sangue pela estrada. Como ia a alta velocidade, o incidente levou a que o carro guinasse e saísse para fora da estrada. Como a valeta era funda, o carro capotou e o acidente causou morte imediata aos cinco passageiros.


19 de dezembro de 2010

E-mail ao Pai Natal

Senhor Pai Natal, espero que este e-mail o encontre bem de saúde e com os níveis de felicidade nos seus píncaros.

Em primeiro lugar, quero demonstrar a minha solidariedade para alguém que tem mais cópias que os ténis da nike. Acredito que seja uma situação incómoda, essas frequentes apoderações da sua identidade e portanto manifesto-me solidário e pronto para espancar alguns pais natais falsos que me surgirem pela frente em superfícies comerciais.

Em segundo lugar, gostaria de apresentar o meu desagrado para com as presentes com que me tem presenteado nos últimos anos. Quando era criança, ouvia na escola que devíamos pedir coisas como paz no mundo, fim da fome e afins. Como bom menino, sempre incluí isso nas minhas cartas e nunca tive o prazer de as receber. Compreendo Pai Natal que fossem pedidos megalómanos e que não estivessem nas suas mãos e como tal deixei de os incluir. No entanto, a chave do Euromilhões, a morte do Tony Carreira e a criação um método eficaz de copiar nos testes não devem ser coisas tão complicadas para um homem que desafia as leis da física e os fusos horários, conseguindo estar em todos os locais do mundo à meia noite. Apesar de ter recebido coisas úteis nos últimos anos, estas três fariam de mim uma pessoa muito mais feliz.

Em terceiro lugar, queria fazer os meus pedidos para este ano:

-A morte de uma determinada docente do departamento de letras da UTAD cujo primeiro nome começa por uma vogal (não digo mais porque não sei quem lê isto mas acredito em na sua omnisciência, Pai Natal, para saber quem é o ser que me atormenta);

-Um golpe de Estado que transformasse Portugal numa monarquia da qual eu seria o legítimo dono do trono;

-Uma jovem de 19 anos, cabelo escuro, 1.65m, olhos verdes, raça caucasiana mas com um tom de pele moreno, medida de sutiã: 36C, magra e com o traseiro saliente, que goste de futebol, saiba cozinhar, seja inteligente, tenha bom sentido de humor e perceba de política;

-2 barris de cerveja.

Antes de terminar queria também mostrar o meu apoio nessa luta que trava pelo domínio do Natal contra o Menino Jesus, esse Peter Pan com 2010 anos e com pais bem colocados, portanto o protótipo do poder instituído.

Os melhor cumprimentos,

Sansão Gomes

PS: Se não for pedir demais, agradecia que a jovem fosse muito boa na prática do sexo oral

14 de dezembro de 2010

Apelo ao Salzarismo

Sempre ouvi os antigos dizer que no tempo do Salazar "podíamos ser pobres mas ao menos havia respeito". Era da minha opinião que termos a oportunidade de fazer 4 refeições diárias era mais importante do que haver respeito. Pobre de mim, tinha os olhos fechados para a vida.
Aqui há dias, quando comemorei 20 anos estava no Baca Belha e conheci um senhor. Esse senhor chamou-nos caralhos, mostrou a pistola, chamou filho da puta a um amigo dele, disse que um dos capões tinha a pila pequena (Diogo Lima (ou Menezes, porque também há quem te conheça assim), vou preservar o anonimato da tua identidade para não gozarem contigo. Deves-me uma) e explicou-nos que para ele não há nada mais importante que o respeito (também nos ensinou uma técnica de partir nozes que utiliza o indicador direito e a mão esquerda). Não só fiquei elucidado sobre o respeito como tive o meu melhor aniversário de sempre.
Além do respeito o Salazarismo impôs outras coisas que faltam no Portugal socrático. O assassinato de Humberto Delgado, o general sem medo era algo que podia ser seguido pelo actual governo, a fim de tornar a oposição coerente. Senão veja-se, Passos Coelho, depois de morto seria muito mais coerente e clarividente nas suas ideias. Também a Mocidade Portuguesa é um case study da história portuguesa. Um conjunto de jovens de calções, suspensórios e extremamente religioso que é bastante respeitado é uma enorme chapada de luva branca nos escuteiros.
Por fim, enumero algumas semelhanças do actual regime com o Estado Novo:
-No Estado Novo havia o Tarrafal, hoje em dia há o túnel do Estádio da Luz. A diferença é que no Tarrafal os agentes de autoridade batiam nos dissidentes políticos, no túnel do Estádio da Luz os agentes de autoridade são agredidos por dissidentes futebolísticos (como dissidentes futebolísticos entenda-se jogadores que dissidiram do bom futebol).
-Ambos os governantes têm uma parte branca nos olhos
-No tempo do Salazarismo os socialistas encontravam-se espalhados pelo Mundo, devido ao exílio. Hoje os boys do PS encontram-se espalhados pelas empresas públicas.

Sem título

Era uma vez um concelho em que a única unidade de saúde encerrava às 22 horas, ou às 20 se fosse fim-de-semana. O Presidente da Câmara dizia que agora é que o concelho estava bem servido. E tinha razão. É do senso comum que não há doenças a atacar pela noite, até porque o cancro vê mal no escuro e a gripe, sabe-se, não sai à noite desde que a mãe a proibiu de se encontrar com o H1N1.
Esta medida satisfazia a população. Em primeiro lugar a ausência de tratamento piorava a saúde e não há nada que dê mais gosto a um português que queixar-se da sua saúde no café. É isso e falar de futebol, sendo que aqueles que se queixam da saúde são os que têm este género de comentários: "Com esta equipa não ganhamos nadinha. Este gajo é um burro (falando do treinador, que tem um curso, títulos e que lida com os jogadores ao longo da semana, conhecendo-os como ninguém). Tem é que meter o jogador X." Quando o jogador X vai entrar o comentário é: "Olha, vai-me meter este gajo, assim não vai mudar nada".
Além disso, o capital que era poupado com os cortes na Saúde era investido em grandes acções como sardinhadas ou eventos com febras. Primeiro combate-se a fome, depois a doença. É uma questão de prioridades.

21 de novembro de 2010

A trioligia do macaco sábio I: a noite das tartarugas gigantes

No reino dominado pelo príncipe do egipto tailandês a noite não corria bem. Oriundas do norte do país as tartarugas gigantes seguiam em fila indiana atropelando desenas de búfalos pelo caminho que pareciam assustados com tamanha rebaldaria. A noite parecia assustada e a própria lua despiu o robe e vociferou ORDEM.
Os ex combatentes do conflito militar dos boxers com selo contra as cuecas sem elastico reuniam-se num jantar que incluía veado de caça, vinho da colheita de 1874 e cocaína servida às riscas. Ouvido o alarme da lua vestiram a sua farda de combate deixando de lado as cabeças de tartaruga que apelavam a mais batatas fritas que para a mesa do fundo não veio nada.
Os golfinhos da Ordem Honária da Guarda dos Mares Africanos e Outros à Volta não puderam deixar em claro o artigo de opinião de Marcos Alonso Funesto acerca das derivações neoliberais do manifesto do MRPP de 1989. Era a polémica do momento, Garcia Pereira aparecia em horário nobre a declarar inocência.
A guerra estava ao rubro e após fazer a barba no seu condomínio de luxo na Amadora Vale e Azevedo subscreve 10 títulos da dívida de Moçambique.

CONTINUA...

13 de novembro de 2010

Este texto não tem pretensões de ter piada

Era uma vez um País onde o Presidente de um dos principais bancos dizia na televisão em horário nobre que os seus gestores tinham como função fugir ao fisco;

Era uma vez um País onde um candidato a Presidente da República faz da luta contra as injustiças sociais bandeira da sua campanha eleitoral, sendo que ele acumulava 5 reformas;

Era uma vez um País onde se propõe um determinado estilo musical a património da humanidade mas onde as principais rádios não passam esse estilo;

Era uma vez um País onde o líder da oposição fala mal dum orçamento de estado que aprova;

Era uma vez um País onde o Ministro do Trabalhoo que bateu os recordes de taxa de desemprego foi premiado com o cargo de Ministro da Economia do Governo seguinte;

Era uma vez um País onde as taxas de juros da dívida batem recordes históricos e o telejornal abre com uma notícia sobre futebol;

Era uma vez um País onde ainda há pessoas que não se sentam ao lado de pessoas no autocarro só porque são de outra cor;

Era uma vez, neste País um Primeiro-Ministro que dizia estar no bom caminho

2 de novembro de 2010

Poesia de Alfredo Heitor Tomo II: Nunca como hoje

Numa fase mais introspectiva e sombria Alfredo criou poesia negra. Estas composições surgiam principalmente nas aulas de Análise do Discurso e da Imagem, onde ele escrevia isto fingindo estar a tirar apontamentos. Hoje fiquem com "Nunca como hoje", poema classificado em 20 numa escala de 0 a 20 pela revista literária Patanisca

Nunca te quis tanto como hoje
Nem quando te tive
Nem quando te queria
Hoje acordei contigo
E tu longe
Longe
E perto do meu coração
O teu toque era tudo o que eu queria
Ou a tua palavra
Hoje
Mais do que nunca
Nunca como hoje

Fui para a rua
Queria-te
Hoje
Já disse isto mas era mesmo hoje
7/12/2009
Hoje!
Procurei-te onde não te queria encontrar
E não é que
Foda-se
Encontrei-te
De mão dada
Não eras tu
Que susto
Vomitei o chão
Bebi uma mini
Acalmei-me com um Lucky Strike
Desde que ouvi falar na lenda que só fumo desse veneno

Olhei
Olhaste
Cruzámo-nos
Ias a falar com a tua amiga
Mas paraste
Eu parei
Ela não parou e continuou a falar sozinha
Toda a gente na rua olhava para ela
Que maluquinha
Mas eu não
E tu não
E agora?
Era isto que eu queria
E agora?
Nunca te quis tanto como hoje
E agora?
Sorriste para mim
Tremi
E alguém atrás de mim disse olá
Era para ti
Tu não sorriste para mim
Sorriste para trás de mim
Tu não me viste
E quem estava atrás de mim beijou-te
Foi o beijo mais nojento de sempre
Vi a vossa língua
Que nojo
Arranjem um quarto
Espera, não arranjem nada
Fica aí
Fica.
Fica.
Não vás já
Eu sou o teu cãozinho se quiseres
(cãozinho não existe, o diminutivo de cão é canito mas eu quero escrever cãozinho, tá-se bem? o poema é meu)
Só quero um sim
Nunca como hoje
Olhei para o rabo dele
Tinha ar de larilas
Calças brancas justas
Sapatos a brilhar
Camisa desapertada
Cinto à avec
Gel no cabelo
Não
Não pode ser

Despreza-me
Mija-me em cima
Caga-me na cabeça
Diz que eu sou um chato de merda
Mas não me humilhes a esse ponto
Ao ponto de andares por esse mundo
com um Azeiteiro

Fala comigo
Ou responde-me com os olhos
Assim não.
Mijei-me pelas pernas abaixo
Voltei a vomitar
Sangrei do nariz e da boca
E as orelhas jorraram um líquido indescritível de tão sujo que era
E eu caí
caí
no chão duro
E tu mais dura ainda
E ela que ficava tão dura de pensar em ti
Soltou mais um pinguinha

Não sei o que me aconteceu depois
Acordei ao teu lado
Eu nos cuidados intensivos
Tu também
Ele espancou-te
E eu sorri quando soube
E depois fechei os olhos
Nunca te desprezei tanto como hoje
Nunca te amei tanto como hoje

E o meu problema
Já não eras tu
Era não me lembrar do PIN

28 de outubro de 2010

Poesia de Alfredo Heitor Tomo I: Patrícia

Antes de apresentar a obra de Alfredo ao mundo há que falar sobre o poeta, descrito por Carlos Leone como o mestre do verso solto. Contemporâneo de grandes nomes do género com Hemílio Ossada ou Sá Bernardo, a poesia de Alfredo Heitor caracteriza-se pelo olhar crítico, irónico, interventivo e embriagado. Escreve para declamar, ao dedilhar da guitarra, com acelerações frequentes, com pausas e com hálito a bagaço. Para dar início à mostra da sua obra nada melhor que "Patrícia", um poema de amor que foca a volatilidade das relações no mundo de hoje. Fiquemos então com as palavras de Alfredo

Junto à praia
Não havia farol
Não havia pescadores
Havia eu
e Tu
Só nós
O mundo era nosso
O tempo não parou
Ou parou, já não sei
Eu queria era os teus olhos
Dei-te mão
Senti algo a levantar-se, também um Homem não é de ferro e se se levanta só é bom sinal
E pensei
Já tiveste 3 namorados
Já pinaste com o meu viznho
Mas eu quero-te
Pensei tudo para mim
E só repeti em voz alta
Quero-te
Quero-te
Quero-te
e Tu quiseste-me
Durante 15 segundos fui o homem mais feliz do mundo
Enquanto a minha língua sentia a tua
E o futuro agora era só nosso
Nem deus
sim leram bem , deus em letra minúscula que ele é um manhoso, mas vamos voltar ao poema que daqui a bocado já estou a piná-la
Nem deus sabia de nós
Seria um futuro perfeito
Com noites a ver reality shows com uma mantinha nos joelhos
Com rebentos
A acordarem-nos de noite a chorar
Afinal o tempo parou mesmo
E voltou a andar mais depressa
E de repente
Já estavas sem cuecas
Por baixo de mim
E depois por cima
Contra uma fraga
E no fim
Quando eu devia dizer amo-te
No fim
Nos teus olhos
Os olhos que eu queria
Vi Patrícia
Era ela que eu queria
Não eras tu
Patrícia, uma reles
Uma reles p*ta
Vive no Mantas
Mas eu queria era a Patrícia
A PATRÍCIA
Que bom que foi pinar com ela
30 euros bem gastos
Mais bem gastos que no Kit Sócio do Benfica
Nos teus olhos
Não te vi mais
Não eras nada para mim
Não és Patríca, não és nada
Nada
Zero
Mas eu estava possesso
E ainda demos mais uma.

Depois fui-me embora
Apaguei o teu número
Bloqueei-te no msn
Afinal não te amo
CHUPA (e que bem o fazes)
Não me ias fazer feliz
Eu já sabia disso quando te levei para a praia
Peguei no jornal
O Orçamento não foi aprovado
E eu cagar para o Orçamento
Fui aos classificados
E não estava lá a Patrícia
Não estava lá
Não estava lá
E agora
Nem Patrícia
nem Tu
Valeu-me a minha mão

Alfredo Heitor

15 de outubro de 2010

Passatempo

Pago um fino (pago mesmo) à melhor intrepertação deste enigma:

Pelas 17 horas da Nigéria um pato pôs um ovo no rio. Tremoços sabem melhor com alho e ervas. O Benfica vai ser campeão

1 de outubro de 2010

Guilherme Matias, um nome que não fica na cabeça

Acendeu o cigarro Marlboro de uma forma nervosa, a chama do isqueiro não se mantinha acesa e as mãos tremiam. A nicotina já era indissociável e a falta dela toldava-lhe o pensamento. Tinha acabado de acordar mas primeiro era o cigarro, depois a mijadela e depois o café. E outro cigarro, e outro se não tiver com pressa.
(Muito bonito este início de história, muito bonito sim senhor mas não se habituem a estes amontoados de palavras todos líricos, que isto é um blog de parvoíces, não é candidato ao Nobel)
Continuando, Guilherme Matias fuma muito porque é um homem cheio de preocupações. Chairman e co-fundador do holding Gentleman Time, uma empresa de revenda de relógios que estiveram na moda nos anos 80, incluindo aqueles que dá para mudar o canal da televisão (embora se contem pelos dedos da mão de um ex-combatente da Guiné o número de pessoas que sabe usar essa função), sempre foi um visionário. Não foi por acaso que em 2003 foi laureado com o Mocho Dourado, prémio de empreendedorismo mais importante atribuído pela ADEQBWDAREUFSADC (Associação Dos Empresários Que Bebem Whisky Durante As Reuniões E Usam Fatos Semelhantes Aos Do Costinha) pelo seu trabalho na incubadora de empresas de comércio retalhista de material de caça em segunda mão. Como qualquer empresário de jeito em Portugal tem 3 amantes, Mariline, uma brasileira morena, cujo principal atributo é o rabo, Alexandra, uma ex-agricultora de Cabeceiras de Basto e Mafalda (Mahfaz no hi5 e facebook), uma jovem aspirante a modelo fotográfica que ouve R'n'B. Além de sexo sem contraceptivos, Guilherme é também fã de música clássica e pimba tendo também um projecto de uma banda, Symphonickim, que alia trompetes com acordeão, subtileza de melodias com brejeirice nas letras.
É mais ou menos assim a vida deste homem. Ou era. Acabou de morrer. Cancro dos pulmões

30 de setembro de 2010

O regresso de Ruca: A ofensiva dos Super Noddy (continuação)

Não há continuação nesta história porque desde o início se percebeu que isto não ia a lado nenhum, a não ser que os Noddy levam com cinquenta tiros no focinho. Posto isto, desejo uma óptima continuação de manhã na companhia deste blog.

PS: Eu bem queria, mas o Plano de Austeridade desde governo é tão ridículo que eu não consigo fazer nada de engraçado com ele.

PS2: Os caloiros que dissertarem sobre este blog podem também entregar-me uma tabela com o preço da fruta no Zimbabué

23 de setembro de 2010

O regresso de Ruca: A ofensiva dos Super Noddy

Mais um dia normal para Bob o construtor. Olhando do topo da grua para a sua prominete barriga ao mesmo tempo que compemplava o sabor agridoce daquela cerveja sem álcool, sim sem álcool porque desde a desintoxicação que a coisa era outra, o vicío da cevada ficou e portanto resolvia-se desta forma. Uma chamada do Ruca indiciava o início de uma contenda que iria durar 100 anos. Desde que o terreno da Fada Sininho ficou sem herdeiro legítimo que havia complicações legais e vários eram os que reclamavam como seu de direito o supracitado terreno.
-Bob, despacha-te. Vem ter comigo, estou a ser atacado pela Brigada dos Super Noddys. Estão a conduzir Ferraris amarelos e estou com medo.
-Não te preocupes, vou já a caminho.
-Rápido. O Sempre-em-Pé e o Senhor Lei estão armados até aos dentes!!!!

(continua...)

14 de setembro de 2010

Al-berto

(isto andava perdido no meu computador e eu a pensar que já estava no blog)

 
Esta é a história de Alberto
Um empregado de mesa
A idade não sabemos ao certo
Mas ainda adormece com a luz acesa

Tem uma amante
Mas ninguém sabe quem é
Segundo a cartomante
Chama-se Carla e cheira a chulé

Adora comer leitão
Quando a sua mãe o assa
Mas não diz que não
A um prato de leitaça

Já foi viciado
Em comer fast food
O que se tornou complicado
Para a sua saúde

Também foi drogado
Viciado em cogumelos
Quando o dealer estava fechado
Batia na cabeça com paralelos

Gosta de house e de artistas brasileiros
E também de música nacional
É fã do Quim Barreiros
Quer que a Cabritinha toque no seu funeral

Tem uma forma estranha de falar
Em vez de sanita diz retrete
Se alguém o quiser contactar
Ligue 914267367

11 de setembro de 2010

O comprimido: Manual de criação de uma música pimba

Depois de um verão em que os Chave d'Ouro tiveram o hit mais ouvido "O pai da criança" faz sentido explicar aos portugueses (e a pessoas de outros povos que lêm este blog) como se faz uma música pimba. O que se segue é uma simples criação minha intitulada "O comprimido" com 5 quadras (duas antes do refão, refrão, outras duas e refrão novamente) que atinge todos os canônes que a música brejeira portuguesa necessita. Passemos então a analisar quadra a quadra:

Quando era um rapazote
Passeava de carreira
Hoje tenho um carro
E dou boleia à aldeia inteira

Para iniciar nada como uma referência às origens típica dos grandes temas pimba, que tanto pode ser à infância como ao local onde a personagem da música habita Pode ver-se nos trecho de outras músicas "Quando eu nasci a minha mãe não tinnha leite", "Na minha rua mora uma sopeira", "Lá na rua onde eu moro" qu um verdadeiro artista pimba não renega as suas origens. Esta primeira quadra serve também para contextualizar o ouvinte e ter um suporte de uma história para a brejeirce que se seguirá.

A minha vizinha tem enjoos
E vomita se não tem cuidado
Eu dou-lhe um comprimido
E fica logo o caso arrumado

Do geral para o concreto, a temática centra-se agora na vizinha (a vizinha é e será sempre parte
integrante e indissociável de uma composição pimba),nos seus enjoos e na solução encontrada: um comprimido que dá o nome à música. Obviamente que o comprimido é figurado e encarna em si um duplo sentido que apela à criatividade do sabujo ouvinte. Também uma referência á palavra carreira, que consegue vencer camioneta e autocarro no que respeita à ruralidade da língua.

Ela abre a boca
E eu meto o comprimido
Ela abre a boca
Fica tudo resolvido

Ela abre a boca

E eu meto o comprimido
Ela abre a boca
Fica tudo resolvido

O refrão é de simples audição e portanto fácil de ficar no ouvido. Com uma simples mensagem, a plebe irá gritar a plenos pulmões a resolução do problema!

Na primeira viajem assustei-me
Ela gritava sem parar
Mas com o comprimido na boca
Nem consegue falar

Quando há curvas
Os gemidos dela deixam-me nervoso
Mas na boca dela
O comprimido é mais gostoso!

A segunda estrofe de uma música deste género serve para reforçar a ideia inicial e fazer mais algumas metáforas mais ou menos elaboradas. O recurso à piada fácil é necessário para manter os ouvintes alerta. Neste caso fala-se do facto de o comprimido deixar a boca cheia e impossível de falar (o que será que é afinal o comprido perguntará o ouvinte mais desatento) e para terminar utiliza-se a palavra gostoso que o mestre Quim Barreiros trouxe para este mundo musical. Repare-se ainda que a primeira quadra deste conjunto rima com verbos, o que deve ocorrer pelo menos uma vez em cada música pimba. Se tal não for possível deve rimar-se com diminutivos

Ela abre a boca

E eu meto o comprimido
Ela abre a boca
Fica tudo resolvido


Ela abre a boca
E eu meto o comprimido
Ela abre a boca
Fica tudo resolvido


Até ao fim o refrão repete-se várias vezes, sendo que num baile o número de repetições é directamente proporcional ao número de pessoas que dançam ou cantam a composição.
Para uma próxima ficará o manual de criação de uma música forró, que difere da pimba apenas no sotaque e no número de diminutivos

19 de agosto de 2010

Este post bate o recorde de parentesis

Ia um português, um inglês e um francês a um dentista. Estavam os três na fila quando a senhora da recepção perguntou qual dos três queria ser o primeiro a ser atendido. Como ambos estavam com pressa e queriam ser os primeiros ela disse que o primeiro seria aquele que lhe fizesse o melhor elogio ao peito. (Desengane-se quem pensa que vai ler uma anedota em que o português, chico-esperto fica por cima no fim a rir-se nas barbas dos outros e quiçá a comer a mulher do inglês. Senão, repare-se, em que situação é que um inglês e um francês iam ao mesmo tempo ao dentista que um português? Tinham de estar cá de férias e ter um problema, mas mesmo assim era demasiada coincidência aparecerem logo os dois estrangeiros exactamente no mesmo dentista e exactamente à mesma hora. Além disso, como é que iam comunicar? Os três em inglês? E a senhora da recepção sabia falar inglês? Mesmo só com o nono ano? Se fosse assim as anedotas estão mal contadas porque não fazem referência a isso. Lanço assim um apelo para que deixem de fazer estas piadas com os ingleses e franceses porque além de não terem sentido, a maior parte não tem piada nenhuma e dá mau aspecto.)
Passemos então a uma nova história:
Uma menina de 8 anos ia fazer a primeira comunhão e para tal, precisava de confessar-se. Dirigiu-se à igreja da aldeia e entrou no confessionário. Quinze minutos depois estava livre de pecados, o padre levantou as calças e a menina seguiu o seu caminho para casa. Seguia a religião à risca tal como todos na sua família, excepto o pai que só o fazia quando estava bêbedo e portanto tinha desculpa. Acreditava tanto em deus que quando engoliu o sémen do padre achava que isso era parte da salvação. Enquanto caminhava, embora com dificuldade e de um forma muito descoordenada (perceberam a piada? Quem não percebeu pode consultar o parêntesis no fim do post e ler a explicação ao mesmo tempo que se sente humilhado por não perceber à primeira) pensava numa anedota que o tio lhe tinha contado:
Um camionista português está numa estação de serviço em Espanha a beber uma cerveja e a ver o noticiário e fala com um espanhol (esta piada tem muito mais lógica, é bem provável que tal aconteça porque a gasolina e o tabaco em Espanha são mais baratos, o que leva um camionista a deslocar-se até lá. Além disso, um português e um espanhol entendem-se bem, até porque os portugueses desenrascam-se na língua castelhana, o que ainda acentua mais a humilhação do nosso Primeiro-Ministro).
-Aposto contigo 10 euros que aquele homem vai-se atirar da ponte abaixo.
-Entón yo apuesto què ele no se vai atirar dela puente
(é mais ou menos assim que os portugueses falam espanhol)
Ocorre que o homem atira-se mesmo da ponte e o português ganha a aposta, confessando depois:
-Eu já tinha visto esta notícia hoje ao meio-dia
-Yo tanbién pero pensava que ele no se iria atirar dós veces!


(Explicação da piada: a rapariga caminhava com dificuldade porque tinha perdido a virgindade do ânus com o padre)

18 de agosto de 2010

Perfeição acima de tudo


Escolhi a banda sonora para aquela noite. Tudo tinha que bater certo com o planeado, não podia haver falhas, não podia haver um único deslize a comprometer o que tinha tudo para ser perfeito. Da lista seleccionada faziam parte Eric Clapton, Pink Floyd, Frank Sinatra e mais alguns clássicos. Uma noite clássica pedia glamour, pedia dedilhadas na guitarra com critério, pedia alma na música, pedia o melhor. Um recorde era sinónimo de passaporte para a fama. Já me imaginava na passadeira vermelha a dar autógrafos, a ser fotografado, a olhar de soslaio para o rabo da Jennifer Lopez e a sorrir para os de lá de casa. O jantar, obrigatoriamente condizia com a ocasião. Um repasto gourmet regado com laxante e vinho francês que regalou os jornalistas que entretanto chegaram. Notei nos olhos deles que estavam mais nervosos que eu, não liguei, bebi mais um copo e relaxei. Afinal não podia falhar no último momento depois de semanas de contenção, semanas em que a cerâmica não sentiu a pele do meu rabo. Por fim, bebi mais um copo com um trago acentuado de laxante e dirigi-me para o local da prova. Baixei as calças e sentei-me. Era agora, 16 kilos e entrava no guiness!

7 de agosto de 2010

Momento de poesia

João tinha um irmão transsexual
De quem tinha vergonha
Uma vez fez-lhe sexo oral
E foi obrigado a engolir langonha

João não é propriamente bonito
Nunca teve uma namorada na vida
Contudo, existe o mito
Que foi infectado com sida

João gosta muito de animais
No seu 18º aniversário
A prenda dos pais
Foi um pequeno canário

Alimentou-o e ensinou-o a cantar
O que incomodou os vizinhos
Incluindo o Sr. Edgar
Que lhe pontapeou os tomatinhos

Converteu-se à religião
E quis ser missionário
Acabou com um pénis na mão
Era o do padre e estavam no confessionário

No dia do seu funeral
A aldeia toda chorou
Quem mais se sentiu mal
Foi o padre que o penetrou

Moral da história:
Não se brinca com Jesus
Porque não há memória
De benevolencia por parte do homem que morreu na cruz!

4 de agosto de 2010

uflebaikfrekgfvrkegfrikesabrmarianaihlsgfeskhbgugjsefgvgkjurlindauilgfekeawberwe

Encontravam-se 16 coelhos numa toca quando um deles se lembrou de se transformar numa galinha. Cacarejando convenceu os outros coelhos a transformarem-se também em diversos animais. Assim também a toca decidiu por bem mudar de forma, tornando-se rapidamente numa loja de roupa interior feminina, especializada em bolos de chocolate e mentol. Um jovem que observava a montra enquanto comia um gelado de uma forma estranha (em vez de lamber com a língua, ia tirando com o indicador e metia à boca) ficou fascinado com uma tartaruga que vestia uma t-shirt do Che Guevara ao mesmo tempo que tocava gaita de foles e dissertava sobre a condição humana. Pediu logo à mãe para a comprar. A senhora da loja explicou que fazia parte da decoração e, portanto, não estava à venda, para alívio da mãe que já tinha gasto muito dinheiro com as aulas de danças de salão submarinas e esta compra poderia dar-lhe cabo do orçamento mensal, não sobrando fundos para a visita mensal ao cabeleireiro para retocar o verde alourado do cabelo. Entretanto, a dois quarteirões estava a efectuar-se uma reunião de dissidentes do MRPP que pretendiam tomar de assalto a Assembleia da República e a cadeia de cabeleireiros Moreno. Já marchavam rumo ao hemiciclo quando surgiu o super-ananás, com a sua inconfundível capa verde fluorescente e a fazer uso dos seus super poderes- super peido, super arroto e super bocejo, intimidando logo os revoltosos. Fez-se uma grande festa de homenagem ao super-ananás com código de vestuário formal e com tema 80's. O Presidente da Associação de Apoio e Protecção aos Apresentadores Televisivos Que Já Não Estão na Moda fez um discurso emotivo, fazendo lembrar os grandes combatentes da batalha das beterrabas em 1978, arrancando tantos aplausos do público que ficou uma ventania impossível de aturar.

Evaristo Saldanha, um homem que não fez nada de relevante na vida mas dá um bom título de post!

Filho de um moçambicano traficante de droga e de uma portuguesa prostituta, Evaristo tinha tudo para ser alguém na vida: dinheiro. Sempre foi um homem devoto, o que, juntamente com o seu ar sensual levou à perca da virgindade anal bastante cedo. O Padre Almiro ficou-lhe na cabeça, depois da cabeça do Padre Almiro ter ficado dentro de Evaristo. (Piada religiosa número 1 teve o alto patrocínio de "Preservativos Super Manta: para dar uma f*da Santa." Voltaremos ao texto dentro de instantes) Cresceu traumatizado e com um andar estranho mas sempre sem deixar de acreditar em Jesus Cristo, o mesmo que foi crucificado para salvação da humanidade e remissão do pecado, criando assim 2010 anos de Paz, Prosperidade e Amor, se não estou em erro. (Piada religiosa número 2 teve o alto patrocínio de "Visitas ao Vaticano Vidigueira: levamo-lo a ver o Papa a comer uma freira." Voltamos já ao texto, assim que Deus saia do meio de nós). Decidiu ir para a tropa onde era constantemente sodomizado por trás, embora fosse um hábito (o hábito faz o monge, diz-se) que foi ficando, ainda lhe era estranho fazer sexo anal sem sentir o fio com crucifixo a roçar nas costas.
-Faz-te homem- dizia o pai, ao mesmo tempo que violava a filha da empregada doméstica e dava um risco de coca.
Aí, Evaristo não aguentou mais. Encheu-se de coragem e... Furou a orelha e pôs um brinco, em forma de cruz.

7 de julho de 2010

Cristiano Ronaldo foi pai

-Estou apaixonado pela Joana.
-Diogo, não me digas uma coisa dessas!
-Porquê?
-Ela nem tem mamas...
-A sério.
-Sim, lamento ter de to dizer assim.
-Já tinha ouvido uns rumores sobre isso.
-Mas é verdade. E além disso, acho que o Fernandes está numa relação com ela. Pelo menos é o que me parece pelo facebook.
-Esse Fernandes saiu pior que a encomenda. Já não bastava ter sido o maior lobbista para a eleição do Joaquim no clube de pesca.
-Desculpa ter de te dizer.
-Não faz mal, Pedro. És um bom amigo. Mudemos de assunto.
-Mudemos de assunto então.
-Já decidiste em que vais votar para Presidente da República?
-Não, prefiro esperar se a candidatura do Diogo Infante avança ou não. Acho que precisamos de um Major Alvega no comando do país.
-Parece que tens razão, mas eu não votaria nele. O Rui Costa parece-me mais indicado para o cargo, ainda para mais sendo benfiquista.
-Por falar em Benfica, o que dizes da saída do Di Maria?
-Quem era o Di Maria?
-Não sei, não vejo futebol.
-Eu também não sei.
-Mas eu ouvi falar em qualquer coisa na televisão.
-Deves estar a fazer confusão com algum programa estrangeiro que viste na TV Cabo, se calhar.
-É capaz, é.
-Ainda tens aqueles canais malucos?
-Claro! Desde que a Alda me deixou tem que ser...
-Bebes mais uma mini?
-Não, deixa estar.
-Sinto-me mal, Pedro. Aceita uma bebida!
-Então pode ser mas pede uma frize de limão.
-Isso não, que é muito caro!

4 de julho de 2010

Análise técnico-táctica à selecção nacional presente no Mundial

O país pedia e eu fiz a vontade. Aqui, tim-tim por tim-tim fica explicado tudo o que se passou na selecção nacional, à excepção do derby de snooker entre Queirós e Agostinho Oliveira (para o leitor mais distraído, era aquele senhor do bigode).

Eduardo- Saltou para as bocas do Mundo quando chorou após a derrota com a Espanha. Poucos sabem que chorou de tanto rir quando pensou "olha-me esta gente que pensa que sou bom guarda-redes".

Beto- Tem nome de eterno reforço do Real Madrid, tem classe de eterno suplente.

Daniel Fernandes- É feio falar mal das pessoas sem as conhecermos, daí abstenho-me de comentar a prestação do luso-canadiano.

Paulo Ferreira/Miguel- Quando dois laterais de raiz perdem o lugar para o Ricardo Costa, há pouco mais a falar.

Duda- Se um dia a água no mundo acabar, as pessoas vão ter de beber da sua própria urina. Serve esta metáfora para explicar que como não há laterais esquerdos em Portugal, Duda é convocado.

Fábio Coentrão- O único jogador do Mundo que diz a palavra "espetar" numa conferência de imprensa, destacou-se não só pelo seu futebol mas também pelo seu cabelo panisgas.

Rolando- Prodígio da matemática, não soube calcular que a sua probabilidade de jogar no Mundial era a mesma que ganhar o Euromilhões 5 vezes seguidas, apenas com boletins encontrados no chão.

Ricardo Carvalho/Bruno Alves- Envergonharam a selecção ao jogarem de uma forma tão certa e regular que fez parecer que os outros ainda estavam piores.

Ricardo Costa- O seu problema chama-se Danny. Não fosse o luso-venezuelano e Ricardo Costa ganharia o galardão de pior jogador do Mundial.

Pepe- Passou a época lesionado. Juntamente com Carlos Queirós, estacionava o seu carro no lugar para deficientes.

Pedro Mendes- As suas parecenças com Jesus Cristo não se esgotavam no cabelo. Mostrou piedade para com os adversários e permitiu-lhes a travessia do meio-campo.

Raul Meireles- Ao jogar tão mal ao longo da época, mostrou que tinha tudo o que era preciso para ser titular nesta equipa.

Miguel Veloso- Sim, foi ao Mundial!

Tiago- Ganhou a titularidade, depois de marcar dois golos ao intransponível Ri Myong-Guk.

Deco- Mostrou o seu patriotismo no jogo contra a Costa do Marfim. A sua actuação facilitou a vida ao seu país, Brasil.

Ruben Amorim- Provou ser o indicado para substituir Nani. Não só se lesionou como passado duas semanas já voltava a correr.

Danny- Dotado de uma regularidade incrível, conseguiu ser o pior em campo sempre que jogou, independentemente da posição.

Simão Sabrosa- Antecipando o protesto contra as SCUT's dos seu conterrâneos transmontanos, jogou todo o Mundial em marcha lenta.

Cristiano Ronaldo- Durante o Mundial treinou para as suas futuras funções de pai: deixou os outros ganharem.

Hugo Almeida- Quando a saída de um jogador como Almeida compromete a prestação da selecção nacional, está tudo dito sobre a qualidade dos outros jogadores.

Liedson- Paulo Sérgio pode contar com ele para a próxima época depois de um Mundial tão fraco, um jogador "à Sporting".

30 de junho de 2010

Hélder e os Outros

Hélder era apenas mais um dos do seu grupo, sem pensamentos próprios que o diferenciassem substancialmente dos restantes membros. Era reconhecido dentro do grupo, mas nunca individulamente, tomemos por exemplo o pensamento de dona Alzira: "Ali vão aqueles. Nunca se deslargam." Nem uma referência individual, nem um Pedro, ou um Fernando, ou um Daniel, aqueles, apenas aqueles. E quem eram aqueles? Era fácil reconhecê-los: t-shirt cor-de-rosa e/ou com brilhantes, sapatilhas prateadas e uma pequena porção de cabelo na parte anterior da cabeça superior ao resto do cabelo (vulgarmente denominada essa parte por "rabbinho de cabelo"). As alusões ao grupo eram maioritariamente depreciativas e incidiam sobretudo sobre o seu vestuário e sobre o facto de andarem sempre em grupo. Não sendo propriamente fluentes na língua de Camões eram mestres a discutir desportos motorizados e iam com frequência (em grupo, pois claro) a concentrações e convívios do género.
Hélder um dia vestiu camisa, trocou o house pelo kizomba e fez novos amigos. Nunca mais foi o mesmo, literalmente. Morreria duas semanas depois numa rixa numa discoteca de ritmos africanos. No leito da morte, a sua amiga Mônica não deixou de dizer "Meu Helderzinho". Depois de morto, finalmente, a alusão ao seu nome em título individual, o que não lhe paga a vida, muito menos os sapatos encharcados de sangue.
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16 de junho de 2010

Tempo de antena III

CHULO (Coligação Humanista Unitária da Luta contra o Operário) :
Portugueses, não tenhamos ilusões. A crise internacional está aí e precisamos de sacrifícios de todos para a combater. Vamos subir o IVA do escalão mais baixo, vamos taxar mais os salários e vamos congelar as pensões. Portugueses, nós não enganamos ninguém. Copiamos as medidas do PS, mas pelo menos dizemos isso em campanha!

10 de junho de 2010

Tempo de antena II

PINTAS (Partido Internacional e Nacional Todo Armado em Sexy):
Amigos e minhas amigas, o PINTAS tem que pegar em Portugal, e apalpá-lo se for uma gaja boa! Há que espalhar cenário por essa Europa fora, as gravatas azuis do Sócrates estão fora de moda e não podemos passar essa imagem do país. Nós que somos descendentes directos do macho latino não podemos deixar que o país caia na falta de miúdas para relacionamentos, não podemos permitir o proliferamento de rotos e de medidas que os apoiam. Há que lutar pela pinta deste país!

MERDA (Movimento da Esquerda Revolucionária, Ditatorial e Autoritária):
Portugal precisa de ordem, já! E quem lhe pode dar ordem? A esquerda, é claro! Camaradas, saiam à rua com uma foice e um martelo e tomaremos o poder. Se for necessário sangue, não hesitaremos em derramá-lo!A força do proletário tomará conta deste país e os nosso adversários capitalistas temerão a nossa voz. Vamos camaradas, honraremos a memória de Estaline!

4 de junho de 2010

Tempo de antena I

Nos próximos dias serão publicados os discursos do tempo de antena de alguns novos partidos que surgiram neste país. Isto vem na sequência da confirmação da subida de impostos pelo próprio José Sócrates ao dizer hoje que os mesmos não iriam subir.

(O Tempo de Antena é, nos termos da lei, da inteira responsabilidade dos elementos intervenientes)

MOCADO (Movimento Operário Comunista Anti-Direita Opressora):

Camaradas, vamos combater estas políticas de direita com cenas! Todos podemos fazer coisas fixes para combater os que nos oprimem. Vamos todos juntos lutar e tomar a cabo medidas fixes para mudar este estado de coisas. A escolha é nossa, meus amigos: ou ficar de braços cruzados a ver o grande capital espezinhar-nos ou usar as próprias mãos para construir o nosso futuro. Um futuro melhor, um futuro de igualdade, um futuro de justiça. Tudo com ideias boas que nós temos e que vamos pôr em prática com o vosso apoio.

PACMAN (Partido da Acção Cristã e Mobilizador da Atenção Nacional):

Meus irmãos, temos assistido a uma sequência de políticas que visa apenas destituir a família da sua importância, aniquilando assim o pilar em que toda a sociedade portuguesa deveria assentar. Nestes tempos de crise económica e de descrença, só a Fé nos poderá salvar. Vota em nós e reza para que resulte, Deus está lá em cima e não dorme!

20 de maio de 2010

Previsões do Mestre Chumbango

Chunbango, guineense, leva 50 anos entregues à arte da adivinhação, um dom natural que cresceu com ele de forma proporcional ao crescimento do seu pénis. Para comemorar este marco da sua carreira, Mestre Chunbango deixa a este blog a sua lista de previsões, bem como os números do Euromilhões da semana passada:

31/05/2010: Cristiano Ronaldo come um gelado e tal acontecimento é notícia de abertura dos três telejornais com entrevistas a entendidos na área psico-fisiologeladia

01/06/2010: Após a subida do IRS, governo faz novamente as contas e afinal é preciso subir mais impostos. Da reunião de emergência entre Sócrates e Passos Coelho fica decidido a criação de um imposto especial sobre a música pimba, uma taxa de 100€ mensais pela utilização excessiva de métodos contraceptivos (após avalização de Cavaco Silva, seria considerada excessiva a quantidade de 3 preservativos por mês ou 6 comprimidos da pílula) e um aumento de 2% em todos os impostos já existentes.

14/06/2010: Boom de casamentos entre pessoas do mesmo sexo leva igreja a considerar aceitar este tipo de uniões, desde que paguem bem. Teixeira dos Santos fala em imposto especial para a homossexualidade.

25/06/2010: Portugal é eliminado do Campeonato do Mundo após os seguintes resultados: Portugal 0, Costa do Marfim 2; Portugal 1, Coreia do Norte 1; Brasil 4, Portugal 0. Carlos Queirós fala em "campos inclinados" e "Mundial dos túneis".

04/07/2010: Realiza-se a primeira das 2738919 procissões das romarias que irão preencher os domingos do verão português. Em Vimioso, ocorrem tumultos religiosos, com o São Pedro a mandar Nossa Senhora dos Aflitos para o hospital.

26/08/2010: Queda abrupta das temperaturas, aliado à formação de nuvens e probabilidade de ocorrerem aguaceiros.

20/09/2010: Inicia-se o ano lectivo com a professora Bruna Real de Mirandela a dar aulas de Porcalhice no curso de Fotografia Erótica e Poses Sensuais

05/10/2010: José Sócrates anuncia o apoio do PS à candidatura presidencial de Manuel Alegre. Este agradece, escrevendo-lhe uma quadra: "Meu querido Zé/ Obrigado pelo teu apoio/ Mas já sabes como é/ A meu ver não passas de um poio"

10/10/2010: Marcelo Rebelo de Sousa diz no seu programa que a carga fiscal começa a tornar-se insustentável, depois do governo ter criado um imposto sobre as esmolas.

11/10/2010: Marcelo Rebelo de Sousa é encontrado morto à porta do Palácio de São Bento.

31/12/2010: Termina o ano.

Euromilhões: 1  17  31  43  47 +  2  3

30 de abril de 2010

Lista de reforços para o Sporting 2010/2011

No seguimento da confirmação da contratação de Paulo Sérgio para treinador e do surgimento de alguns possíveis reforços de renome internacional como Diego Ângelo, Hilário e André Santos, fica aqui uma lista de possíveis reforços (todos eles mais baratos que Sinama Pongolle) para que o Sporting Clube de Portugal lute contra a despromoção contra dignidade:

Nilson (Vitória de Guimarães)
Peiser (Naval 1º de Maio)
Rogério Matias (Blackpool)
Milhazes (Timisoara)
Nélson (Bétis)
Cândido Costa (Belenenses)
Diego Gaúcho (União de Leiria)
Hugo Alcântara (Cluj)
Paulão (Braga)
Amoreirinha (Académica)
Ricardo Chaves (Rio Ave)
Rui Sampaio (Beira-Mar)
Lukasz Piszczek (Herta Berlim)
Regula (Vit. Setúbal)
Targino (Vit. Guimarães)
Edgar Costa (Nacional)
Keita (Vit. Setúbal)

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