21 de setembro de 2011

Um trabalhador da construção civil com um coração do tamanho do mundo

Marco Naça cresceu num ambiente adverso. Era frequente ver a sua mãe a ser maltratada pelo seu pai ao mesmo tempo que este construía puzzles a três dimensões. A sua relação com o irmão nunca foi a melhor, até porque este era metade cão, metade homem, fruto da relação do seu pai com Nancy, uma bela pastor alemã.
A verdade é que esta infância terrível só deu força a Marco na sua vida. Cedo saiu de casa e cedo se casou com Sara, uma emigrante ucraniana que já tinha aparecido neste post. O que deu força a Marco ao longo da sua travessia foi a escrita. Com dotes para a poesia, sempre se debruçou sobre questões existenciais e também sobre a temática da pesca de cachalotes no ártico. Ficam aqui alguns poemas, todos eles assinados pelo pseudónimo Bernardino Konóleu.

Lonje

Nunca tives-te perto
Sempre te senti ausente
Mas o corassão mente
E eu dava o teu amor por serto

Quando fostes nem acreditei
Deichaste-me num pranto
E emborrachei-me tanto
Que até vinho chorei

Dossura

Que doce o teu beijo
Saborozo como camarão
Melhor ainda que salpicão
E que pão com qeijo

Adoro eças caríssias
Que me deixão sem ar
Prefiro te beijar
Do que 5 sandes de delíssias

Cachalotes

O cachalote é excepcional pela sua grande cabeça
Sobretudo nos machos, correspondendo tipicamente
A um terço do comprimento total do animal
E disto sabe muita pouca gente

O cérebro do cachalote é o maior e mais pesado
De entre os cérebros de todos os animais conhecidos
Pesando em média aproximadamente 7 kg num macho adulto
Não sei é quanto pesa o dos recém-nascidos

Os cachalotes, juntamente com os botinhosos
São os mamíferos capazes de mergulhar a uma maior profundidade.
Ora aqui está mais uma grande verdade!

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei, muito me ri, não desistas!

Ass. KNOPPIXAS (ando no Twitter)

Publicidadezinha