Enquanto a gélida sanita o fazia tremer e jurar nunca mais comer arroz de marisco, tentava em vão recordar-se do que havia acontecido. O que tinha feito nessa noite não sabia, o que tinha feito ali era uma obra de arte. O acaso do olhar de relance para a sanita antes de puxar o autoclismo transformou numa obra de arte aquilo que a efemeridade podia ter levado canos abaixo. Boiava sobre a água uma nossa senhora feita de merda. Milagre, diriam alguns, merda, diriam outros, não devia mandar ácidos logo de manhã, disse ele.
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