Como é o povo que faz os provérbios e o Coisas Estúpidas representa o povo, é aqui apresentada uma vasta quantidade de pequenas pérolas carregadas de sabedoria e a sua devida explicação. Para uma melhor consulta os provérbios estão divididos em quatro grandes grupos (saúde, agricultura, conjugês e meses do ano).
SAÚDE
Queres ficar com o corpo mole?
Então deita-te ao sol
Toda a gente sabe que quando nos deitamos ao sol ficamos com sono e bastante moles, a sabedoria popular explica-nos o mesmo mas a rimar;
Mini paga no bar
É hora de ir mijar
Pois é, a cerveja e a urina estão sempre associados e o povo criou este provérbio para que esse pormenor não nos seja relembrado através de uma pinguinha;
Boca muito aberta e olhos fechados
Só nos bêbedos e nos drogados
Se alguém de olhos fechados está a falar muito, algo de bom não se passa (se bem que podemos repensar o conceito de "bom" neste caso)
Quem não janta bem
Não faz o favor à mãe
Todas as mães obrigam os filhos a comer muito. Para quem estiver a ler isto e não tiver mãe as minhas condolências e deixo a promessa que há-de haver um texto para essas pessoas a explicar exactamente o que são as "mães".
AGRICULTURA
Se já não aguentas uma foda
Está na hora de fazer a poda
Para quem não sabe (eu também não sei muito bem) a poda é cortar umas coisas. Se um Homem já não aguenta uma o melhor que tem a fazer é um corte...
Quem de manhã vai para a terra
À noite já não enterra
O homem não é de ferro e se passar o dia todo a trabalhar, à noite não poderá satisfazer bem a sua mulher, ou namorada, ou namorado.
Enquanto o sol está lá em cima
Há muito trabalho na vinha
Basicamente esta é uma forma mais simpática e erudita de dizer "vão trabalhar seus malandros!"
CONJUGÊS
Mulher de mamas grandes
Come como se fosse uma sandes
Uma sandes deve ser comida com as mãos...
Mulher de cu bom
Come como se fosse um bombom
Num bombom deve-se apreciar tudo...
Cona bem depilada
Pede para ser lambuzada
Se a mulher teve o cuidado de ter uma boa apresentação, o mínimo que se pode fazer é o trabalho bem feito!
Mulher que tem dois bigodes
Quer dizer "Homem, quando é que me fodes?"
Se calhar só quer dizer que é porca ou serrana, mas em nenhum desses casos havia rima possível.
MESES DO ANO
(estes não vão ter explicação porque a vida também não nos explica tudo)
Meu rico 8 de janeiro
Já precisava de dinheiro
Não há nenhum mês como fevereiro
Porque nem é um mês inteiro
Março, meu querido mês
De um a doze, és o três
Abril chega depois da primavera
porque ela não ficou à espera
Se fizer muito sol em maio
Põe o boné na cabeça do catraio
Em junho as meninas ficam morenas
E as saias delas ainda mais pequenas
No julho mora o verão, o calor
E o sexo sem amor
Rei morto, rei posto
Morre julho, vem agosto
Setembro é altura de voltar à escola
E dos mendigos pedirem esmola
Outubro, outubrinho
Não gosto do meu vizinho
Em novembro não se passa nada
A não ser que queiras pancada
Dezembro é o mês do Natal
mas se eu morrer é o mês do meu funeral
20 de fevereiro de 2009
14 de fevereiro de 2009
Cacofonia
Era uma vez Yapi Sarra, um árabe emigrado em Lisboa numa boa zona com o nome de Zona Habitacional Gasabertas.
O seu filho estudava em Fiava no curso de Estudos Animais.
Certo dia, para um trabalho precisou de arranjar terra e como era novo na zona perguntou ao seu vizinho:
-Quem tem terra aqui?
-O Paço Naça, aquele senhor que tem uma tala.
-Curioso, quem também tem tala sou eu. Vou falar com ele então...
-Se quiser falou eu que ele diz que gosta de me ter por perto. Aliàs eu digo-lhe ele vai atrás de si para lhe entregar a encomenda.
-Muito obrigado. Se encontrar o senhor Paco na Molhada da Sra. Alzira diga-lhe que se for preciso eu vou acudir.
-Boa tarde então.
O seu filho estudava em Fiava no curso de Estudos Animais.
Certo dia, para um trabalho precisou de arranjar terra e como era novo na zona perguntou ao seu vizinho:
-Quem tem terra aqui?
-O Paço Naça, aquele senhor que tem uma tala.
-Curioso, quem também tem tala sou eu. Vou falar com ele então...
-Se quiser falou eu que ele diz que gosta de me ter por perto. Aliàs eu digo-lhe ele vai atrás de si para lhe entregar a encomenda.
-Muito obrigado. Se encontrar o senhor Paco na Molhada da Sra. Alzira diga-lhe que se for preciso eu vou acudir.
-Boa tarde então.
7 de fevereiro de 2009
Pequena biografia de Manuel Costa, lançador de modas
Manuel Costa é lançador de modas. Nascido e criado na aldeia transmontana de Gache na década de 80, cedo demonstrou ter uma especial aptidão para o lançamento de modas. Os primeiros sinais desta faceta reveleram-se quando, ainda na 4ª classe, surgiu na escola com as calças sujas de merda de cabra (que havia passeado na tarde anterior) e no dia seguinte metade dos seus colegas de turma apareceram da mesma forma. Foi nessa altura que achou que podia lançar modas. Falou com os pais e eles, receptivos, ordenaram-lhe que fosse varejar a azeitona.
Seguiram-se anos a efectuar diversos trabalhos na construção civil, na agricultura e na conduução de autocarros do circuito Carro Queimado-Gache-Vale de Nogueiras. Nesse tempo Manuel sentia-se infeliz pois nada do que fazia o completava. A viragem do século trouxe também a viragem na vida de Manuel. No ano 2000 decidiu que ia ser espectador assíduo de reality-shows. Então em Portugal toda a gente começou a ver reality-shows. Novamente demonstrava ser um predestinado. No seguimento do que havia passado achou por bem votar no Zé Maria para vencedor do Big Brother. Os portugueses seguiram-no em força e o barranquenho que gostava de tomar conta de galinhas e fazer massa para a construção civil nas horas livres tornou-se o vencedor do supracitado programa. Mais uma prova inequívoca dos seus dotes.
A partir daqui foi uma vida em crescendo. Tornou-se accionista maioritário de uma fábrica de calças à boca de sino e começou a andar na rua com esse género de calças. Durante dois anos os jovens portugueses seguiram-no e os anos 2000/2001 foram vividos com os pés a pisar as calças à frente. Manuel (Nelo dos Suspensórios para os amigos, devido ao facto de ter caído na fonte da aldeia quando tinha 6 anos e ter sido salvo graças ao seu primo actualmente emigrado no Luxemburgo que lhe agarrou nos seus suspensórios para o tirar de lá.) era agora um milionário e decidiu fazer caridade, tornando os actos de caridade moda, o que fez com que os stocks de arroz da AMI batessem records de fazer inveja à inflação do Zimbabué.
Em 2004 fez os dois negócios mais arriscados da sua vida. Na primavera tornou-se agente de uma banda romena, os O-Zone e comprou uma fábrica de bandeiras. No verão colocou uma bandeira na varanda e começou a cantarolar "Nomanomaei... nomanomaei...", acordando no dia a seguir com o som de Dragostea Din Tei na voz de todos os portugueses. Os mesmos portugueses que tinham a bandeira na varanda, a maior parte delas ao contrário.
A sua vida prosseguiu na mesma linha e em 2008 assinou um contrato com a RTP por dois anos para cantarolar músicas antigas, contagiando assim os portugueses e, sobretudo, as audiências.
Seguiram-se anos a efectuar diversos trabalhos na construção civil, na agricultura e na conduução de autocarros do circuito Carro Queimado-Gache-Vale de Nogueiras. Nesse tempo Manuel sentia-se infeliz pois nada do que fazia o completava. A viragem do século trouxe também a viragem na vida de Manuel. No ano 2000 decidiu que ia ser espectador assíduo de reality-shows. Então em Portugal toda a gente começou a ver reality-shows. Novamente demonstrava ser um predestinado. No seguimento do que havia passado achou por bem votar no Zé Maria para vencedor do Big Brother. Os portugueses seguiram-no em força e o barranquenho que gostava de tomar conta de galinhas e fazer massa para a construção civil nas horas livres tornou-se o vencedor do supracitado programa. Mais uma prova inequívoca dos seus dotes.
A partir daqui foi uma vida em crescendo. Tornou-se accionista maioritário de uma fábrica de calças à boca de sino e começou a andar na rua com esse género de calças. Durante dois anos os jovens portugueses seguiram-no e os anos 2000/2001 foram vividos com os pés a pisar as calças à frente. Manuel (Nelo dos Suspensórios para os amigos, devido ao facto de ter caído na fonte da aldeia quando tinha 6 anos e ter sido salvo graças ao seu primo actualmente emigrado no Luxemburgo que lhe agarrou nos seus suspensórios para o tirar de lá.) era agora um milionário e decidiu fazer caridade, tornando os actos de caridade moda, o que fez com que os stocks de arroz da AMI batessem records de fazer inveja à inflação do Zimbabué.
Em 2004 fez os dois negócios mais arriscados da sua vida. Na primavera tornou-se agente de uma banda romena, os O-Zone e comprou uma fábrica de bandeiras. No verão colocou uma bandeira na varanda e começou a cantarolar "Nomanomaei... nomanomaei...", acordando no dia a seguir com o som de Dragostea Din Tei na voz de todos os portugueses. Os mesmos portugueses que tinham a bandeira na varanda, a maior parte delas ao contrário.
A sua vida prosseguiu na mesma linha e em 2008 assinou um contrato com a RTP por dois anos para cantarolar músicas antigas, contagiando assim os portugueses e, sobretudo, as audiências.
1 de fevereiro de 2009
Ideias soltas e estúpidas
1.Mantorras
Este ano Mantorras era o embaixador do Benfica quando Luis FIlipe Vieira se deslocava a África, vendendo assim mais um ou dois kits ao preço de 50% do PIB cabo verdiano. Ontem, Quique Flores (um homem de ideias estranhas como se tem visto ao longo da época) chegou à conclusão que Mantorras era jogador de futebol e decidiu colocá-lo em campo. Mantorras marcou então um golo e juntamente ao esforço de correr com um diamante escondido no joelho, Pedro "Gato Queimado" também fez o esforço de tentar falar português no flash interview. Mantorras deu assim um exemplo de humildade e provavelmente depois do jogo ainda foi tirar finos na Catedral da Cerveja e fazer serviço de seguraança no Bairro Alto (sendo um blog estúpido as piadas racistas tinham que fazer parte, pedimos desculpa aos que se chocaram e aos que não entenderam a piada). Curiosa história? Não me parece, já que curiosas são as beatas que vão à missa todos os domingos e entre elas e esta história o único ponto em comum é a cara de sofrimento constante.
2.Totoloto e totobola
Ultimamente o totoloto e o totobola têm-se visto a cair em desuso, sobretudo desde a criação do euromilhões. Mais uma vez Coisas Estúpidas tem a solução para a salvação da Santa Casa da Misericórdia. Não sendo possível colocar o Mantorras na equipa distribuidora dos jogos de azar a solução passa pela criação de um novo jogo muito mais interessante e adequado à realidade nacional. Assim criar-se-ia (este blog parece sério agora que também usa palavras com dois hífens) o totofábrica em colaboração com os sindicatos fabris da zona norte. Iriam haver duas modalidades, uma em que os apostadores teriam que acertar nas fábricas constantes do boletim que encerrariam na semana em questão, uma outra em que o objetivo seria acertar no número de despedimentos da semana. Como é óbvio, iria haver um jackpot e para o ganhar teria também que se apostar na quantidade certa do subsídio que o governo iria atribuir essa semana aos pobres gestores das fábricas. Os lucros do jogo seriam distribuidos por entre os gestores bancários que, coitadinhos, apesar de terem causado esta crise e de terem enchido os bolsos (não de rebuçados mas sim de notas daquelas cor de rosa) graças a ela merecem um apoiozinho estatal.
3.Caso Freeport
José Sócrates mostra ser um homem de bem. Sabendo que os portugueses estão desiludidos com o seu fraco trabalho como Primeiro Ministro por oposição ao excelente trabalho como Ministro de Ambiente no governo de António Guterres, o Zézinho de Vilar Maçada quis mostrar-nos que afinal não foi assim tão bom Ministro do Ambiente. Por outro lado, nota-se que José Sócrates quis fazer um upgrade no panorama político nacional. Achou que já era altura das falcatruas e dos escândalos políticos saírem da esfera autárquica para um patamar global. José Sócrates pegou em Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Ferreira Torres, Carmona Rodrigues (etc, etc, etc...) e criou um protótipo deles juntos para o país inteiro, já que havia autarquias (uma ou duas) onde não se praticava ainda corrupção. Um grande obrigado para o Zé!
Este ano Mantorras era o embaixador do Benfica quando Luis FIlipe Vieira se deslocava a África, vendendo assim mais um ou dois kits ao preço de 50% do PIB cabo verdiano. Ontem, Quique Flores (um homem de ideias estranhas como se tem visto ao longo da época) chegou à conclusão que Mantorras era jogador de futebol e decidiu colocá-lo em campo. Mantorras marcou então um golo e juntamente ao esforço de correr com um diamante escondido no joelho, Pedro "Gato Queimado" também fez o esforço de tentar falar português no flash interview. Mantorras deu assim um exemplo de humildade e provavelmente depois do jogo ainda foi tirar finos na Catedral da Cerveja e fazer serviço de seguraança no Bairro Alto (sendo um blog estúpido as piadas racistas tinham que fazer parte, pedimos desculpa aos que se chocaram e aos que não entenderam a piada). Curiosa história? Não me parece, já que curiosas são as beatas que vão à missa todos os domingos e entre elas e esta história o único ponto em comum é a cara de sofrimento constante.
2.Totoloto e totobola
Ultimamente o totoloto e o totobola têm-se visto a cair em desuso, sobretudo desde a criação do euromilhões. Mais uma vez Coisas Estúpidas tem a solução para a salvação da Santa Casa da Misericórdia. Não sendo possível colocar o Mantorras na equipa distribuidora dos jogos de azar a solução passa pela criação de um novo jogo muito mais interessante e adequado à realidade nacional. Assim criar-se-ia (este blog parece sério agora que também usa palavras com dois hífens) o totofábrica em colaboração com os sindicatos fabris da zona norte. Iriam haver duas modalidades, uma em que os apostadores teriam que acertar nas fábricas constantes do boletim que encerrariam na semana em questão, uma outra em que o objetivo seria acertar no número de despedimentos da semana. Como é óbvio, iria haver um jackpot e para o ganhar teria também que se apostar na quantidade certa do subsídio que o governo iria atribuir essa semana aos pobres gestores das fábricas. Os lucros do jogo seriam distribuidos por entre os gestores bancários que, coitadinhos, apesar de terem causado esta crise e de terem enchido os bolsos (não de rebuçados mas sim de notas daquelas cor de rosa) graças a ela merecem um apoiozinho estatal.
3.Caso Freeport
José Sócrates mostra ser um homem de bem. Sabendo que os portugueses estão desiludidos com o seu fraco trabalho como Primeiro Ministro por oposição ao excelente trabalho como Ministro de Ambiente no governo de António Guterres, o Zézinho de Vilar Maçada quis mostrar-nos que afinal não foi assim tão bom Ministro do Ambiente. Por outro lado, nota-se que José Sócrates quis fazer um upgrade no panorama político nacional. Achou que já era altura das falcatruas e dos escândalos políticos saírem da esfera autárquica para um patamar global. José Sócrates pegou em Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Ferreira Torres, Carmona Rodrigues (etc, etc, etc...) e criou um protótipo deles juntos para o país inteiro, já que havia autarquias (uma ou duas) onde não se praticava ainda corrupção. Um grande obrigado para o Zé!
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