No reino dominado pelo príncipe do egipto tailandês a noite não corria bem. Oriundas do norte do país as tartarugas gigantes seguiam em fila indiana atropelando desenas de búfalos pelo caminho que pareciam assustados com tamanha rebaldaria. A noite parecia assustada e a própria lua despiu o robe e vociferou ORDEM.
Os ex combatentes do conflito militar dos boxers com selo contra as cuecas sem elastico reuniam-se num jantar que incluía veado de caça, vinho da colheita de 1874 e cocaína servida às riscas. Ouvido o alarme da lua vestiram a sua farda de combate deixando de lado as cabeças de tartaruga que apelavam a mais batatas fritas que para a mesa do fundo não veio nada.
Os golfinhos da Ordem Honária da Guarda dos Mares Africanos e Outros à Volta não puderam deixar em claro o artigo de opinião de Marcos Alonso Funesto acerca das derivações neoliberais do manifesto do MRPP de 1989. Era a polémica do momento, Garcia Pereira aparecia em horário nobre a declarar inocência.
A guerra estava ao rubro e após fazer a barba no seu condomínio de luxo na Amadora Vale e Azevedo subscreve 10 títulos da dívida de Moçambique.
CONTINUA...
21 de novembro de 2010
13 de novembro de 2010
Este texto não tem pretensões de ter piada
Era uma vez um País onde o Presidente de um dos principais bancos dizia na televisão em horário nobre que os seus gestores tinham como função fugir ao fisco;
Era uma vez um País onde um candidato a Presidente da República faz da luta contra as injustiças sociais bandeira da sua campanha eleitoral, sendo que ele acumulava 5 reformas;
Era uma vez um País onde se propõe um determinado estilo musical a património da humanidade mas onde as principais rádios não passam esse estilo;
Era uma vez um País onde o líder da oposição fala mal dum orçamento de estado que aprova;
Era uma vez um País onde o Ministro do Trabalhoo que bateu os recordes de taxa de desemprego foi premiado com o cargo de Ministro da Economia do Governo seguinte;
Era uma vez um País onde as taxas de juros da dívida batem recordes históricos e o telejornal abre com uma notícia sobre futebol;
Era uma vez um País onde ainda há pessoas que não se sentam ao lado de pessoas no autocarro só porque são de outra cor;
Era uma vez, neste País um Primeiro-Ministro que dizia estar no bom caminho
Era uma vez um País onde um candidato a Presidente da República faz da luta contra as injustiças sociais bandeira da sua campanha eleitoral, sendo que ele acumulava 5 reformas;
Era uma vez um País onde se propõe um determinado estilo musical a património da humanidade mas onde as principais rádios não passam esse estilo;
Era uma vez um País onde o líder da oposição fala mal dum orçamento de estado que aprova;
Era uma vez um País onde o Ministro do Trabalhoo que bateu os recordes de taxa de desemprego foi premiado com o cargo de Ministro da Economia do Governo seguinte;
Era uma vez um País onde as taxas de juros da dívida batem recordes históricos e o telejornal abre com uma notícia sobre futebol;
Era uma vez um País onde ainda há pessoas que não se sentam ao lado de pessoas no autocarro só porque são de outra cor;
Era uma vez, neste País um Primeiro-Ministro que dizia estar no bom caminho
2 de novembro de 2010
Poesia de Alfredo Heitor Tomo II: Nunca como hoje
Numa fase mais introspectiva e sombria Alfredo criou poesia negra. Estas composições surgiam principalmente nas aulas de Análise do Discurso e da Imagem, onde ele escrevia isto fingindo estar a tirar apontamentos. Hoje fiquem com "Nunca como hoje", poema classificado em 20 numa escala de 0 a 20 pela revista literária Patanisca
Nunca te quis tanto como hoje
Nem quando te tive
Nem quando te queria
Hoje acordei contigo
E tu longe
Longe
E perto do meu coração
O teu toque era tudo o que eu queria
Ou a tua palavra
Hoje
Mais do que nunca
Nunca como hoje
Fui para a rua
Queria-te
Hoje
Já disse isto mas era mesmo hoje
7/12/2009
Hoje!
Procurei-te onde não te queria encontrar
E não é que
Foda-se
Encontrei-te
De mão dada
Não eras tu
Que susto
Vomitei o chão
Bebi uma mini
Acalmei-me com um Lucky Strike
Desde que ouvi falar na lenda que só fumo desse veneno
Olhei
Olhaste
Cruzámo-nos
Ias a falar com a tua amiga
Mas paraste
Eu parei
Ela não parou e continuou a falar sozinha
Toda a gente na rua olhava para ela
Que maluquinha
Mas eu não
E tu não
E agora?
Era isto que eu queria
E agora?
Nunca te quis tanto como hoje
E agora?
Sorriste para mim
Tremi
E alguém atrás de mim disse olá
Era para ti
Tu não sorriste para mim
Sorriste para trás de mim
Tu não me viste
E quem estava atrás de mim beijou-te
Foi o beijo mais nojento de sempre
Vi a vossa língua
Que nojo
Arranjem um quarto
Espera, não arranjem nada
Fica aí
Fica.
Fica.
Não vás já
Eu sou o teu cãozinho se quiseres
(cãozinho não existe, o diminutivo de cão é canito mas eu quero escrever cãozinho, tá-se bem? o poema é meu)
Só quero um sim
Nunca como hoje
Olhei para o rabo dele
Tinha ar de larilas
Calças brancas justas
Sapatos a brilhar
Camisa desapertada
Cinto à avec
Gel no cabelo
Não
Não pode ser
Despreza-me
Mija-me em cima
Caga-me na cabeça
Diz que eu sou um chato de merda
Mas não me humilhes a esse ponto
Ao ponto de andares por esse mundo
com um Azeiteiro
Fala comigo
Ou responde-me com os olhos
Assim não.
Mijei-me pelas pernas abaixo
Voltei a vomitar
Sangrei do nariz e da boca
E as orelhas jorraram um líquido indescritível de tão sujo que era
E eu caí
caí
no chão duro
E tu mais dura ainda
E ela que ficava tão dura de pensar em ti
Soltou mais um pinguinha
Não sei o que me aconteceu depois
Acordei ao teu lado
Eu nos cuidados intensivos
Tu também
Ele espancou-te
E eu sorri quando soube
E depois fechei os olhos
Nunca te desprezei tanto como hoje
Nunca te amei tanto como hoje
E o meu problema
Já não eras tu
Era não me lembrar do PIN
Nunca te quis tanto como hoje
Nem quando te tive
Nem quando te queria
Hoje acordei contigo
E tu longe
Longe
E perto do meu coração
O teu toque era tudo o que eu queria
Ou a tua palavra
Hoje
Mais do que nunca
Nunca como hoje
Fui para a rua
Queria-te
Hoje
Já disse isto mas era mesmo hoje
7/12/2009
Hoje!
Procurei-te onde não te queria encontrar
E não é que
Foda-se
Encontrei-te
De mão dada
Não eras tu
Que susto
Vomitei o chão
Bebi uma mini
Acalmei-me com um Lucky Strike
Desde que ouvi falar na lenda que só fumo desse veneno
Olhei
Olhaste
Cruzámo-nos
Ias a falar com a tua amiga
Mas paraste
Eu parei
Ela não parou e continuou a falar sozinha
Toda a gente na rua olhava para ela
Que maluquinha
Mas eu não
E tu não
E agora?
Era isto que eu queria
E agora?
Nunca te quis tanto como hoje
E agora?
Sorriste para mim
Tremi
E alguém atrás de mim disse olá
Era para ti
Tu não sorriste para mim
Sorriste para trás de mim
Tu não me viste
E quem estava atrás de mim beijou-te
Foi o beijo mais nojento de sempre
Vi a vossa língua
Que nojo
Arranjem um quarto
Espera, não arranjem nada
Fica aí
Fica.
Fica.
Não vás já
Eu sou o teu cãozinho se quiseres
(cãozinho não existe, o diminutivo de cão é canito mas eu quero escrever cãozinho, tá-se bem? o poema é meu)
Só quero um sim
Nunca como hoje
Olhei para o rabo dele
Tinha ar de larilas
Calças brancas justas
Sapatos a brilhar
Camisa desapertada
Cinto à avec
Gel no cabelo
Não
Não pode ser
Despreza-me
Mija-me em cima
Caga-me na cabeça
Diz que eu sou um chato de merda
Mas não me humilhes a esse ponto
Ao ponto de andares por esse mundo
com um Azeiteiro
Fala comigo
Ou responde-me com os olhos
Assim não.
Mijei-me pelas pernas abaixo
Voltei a vomitar
Sangrei do nariz e da boca
E as orelhas jorraram um líquido indescritível de tão sujo que era
E eu caí
caí
no chão duro
E tu mais dura ainda
E ela que ficava tão dura de pensar em ti
Soltou mais um pinguinha
Não sei o que me aconteceu depois
Acordei ao teu lado
Eu nos cuidados intensivos
Tu também
Ele espancou-te
E eu sorri quando soube
E depois fechei os olhos
Nunca te desprezei tanto como hoje
Nunca te amei tanto como hoje
E o meu problema
Já não eras tu
Era não me lembrar do PIN
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